É DEAZAS...
Que força é essa do equílibrio macabro?
Maquiavélico, manhoso, vil...
Espera pela normalidade na escuridão dos seus planos sombrios e aguarda o conforto invulgar para o quebrar numa facilidade mesquinha. Um sopro no castelo de cartas, uma onda no boneco de areia....
E porque é que esta força, além de má e perversa, tem que ser cómica, tem sempre que se apresentar vestida em tons de burlesco? Ah, mestre do desdém! O teu lucro é a minha ruína!
É DEAZAS...
Porque é que sempre que MacCoy tem dinheiro e se regozija em confortável situação, vivendo breves mas doces momentos de saudável criação de planos e sonhos que bebem avidamente da fonte de um cómodo saldo financeiro, há sempre o raio de um azar, que é sempre estúpido, que é sempre evitável (é aquele evitável-inevitável), e que por isso sempre se entranha até ao tutano por parecer rir-se com desdém, azar que o volta a colocar na situação do costume – não precária, mas não abastada? Porque é que a puta da polícia aparece sempre nestes momentos de conchego e tranquilidade, como se tivesse à espera, como se a força maligna do equílibrio macabro lhes tivesse feito uma encomenda a bom preço?
É DEAZAS
E se há um equílibrio macabro, como é que se eleva a barra? Como é que se aumenta o nível da “situação do costume”? como fazer para subir de patamar? É que não me importava de ter 10.000.000 no banco, ganhar uns inesperados 2.000.000, e ter que pagar, por força do equílibrio macabro, uma multa de 500.000 – “que merda, agora que eu ia comprar o ferrari...”.
É DEAZAS...
Mas pensando bem, se tem que acontecer um azar, porque assim parece que a vida se conduz, ao menos que seja a seguir a acontecer uma sorte. Se não há desiquílibrio positivo, ao menos que haja um mínimo de equílibrio. Agradecido...
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